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Poesias-->Um olhar na multidão -- 06/10/2003 - 21:39 (Ernane Calado de Souza Melo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estavas do outro lado,

Sentada àquela mesa,

O olhar distante.

Triste parecias.

Nada afetava a tua beleza.

O barulho à tua volta

Era como se não existisse.

Pensando em quê estarias?

Nos problemas, nas crianças?

Ou estarias sonhando,

Teu próprio mundo criando?

Não quis perturbar o teu sonho,

Melhor deixar sonhar sozinha.

Crianças a correr, a brincar,

Pulando, sorrindo, gritando.

As tuas crianças, as minhas.

Me deu vontade de estar

Entre elas partilhando

A infância que já vai longe,

De te ver, de me ver brincar.

Os brinquedos eram outros,

Os tempos eram outros

Mas o prazer era o mesmo.

O carrocel a girar...

Não havia naves espaciais,

Carros ou dinossauros,

Apenas os cavalinhos

Subindo e descendo a galopar.

E o carrocel a rodar...

Meu olhar distante também

Se perdeu na multidão

De anônimos a passar,

Num vai-e-vem incessante,

Abrindo e fechando janelas.

Olhava para tudo e nada via,

Exceto o teu rosto na multidão,

Entre as janelas que passavam.

De repente, nada mais havia,

A não ser nossos olhares

Que se cruzaram por um instante.

Não sei quanto tempo durou.

O barulho, a multidão, o carrocel,

O tempo, as crianças, tudo parou.

Me vejo em pé, caminhando

Devagar, em tua direção...

As crianças que brincavam

As pessoas que passavam

As janelas que se fechavam

E eu te perdia na multidão.
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