Enquanto demoramos no turbilhão do cotidiano, deixamos de fruir a música do silêncio. Do silêncio sem vozes, mas repleto de signos.
2.
Eis a linguagem do Tao, ao rejeitar a máscara ingênua da morte: quanto mais se morre mais se vive. O desespero de quem busca a extinção é a onipresença do eu consciente, quando o espaço-tempo se dilui no infinito. E todos os silêncios falam.
3.
Só se defronta a paz quando as paixões silenciam, definham e se transmutam em amor. Que ventura sobrepor-se à gritaria do presente, descartar o pretérito, e comandar o futuro, rumo à Perfeição !
4.
Quando se descobre o Tao, o cotidiano se torna instante, e o mito da morte perece na imensidão da vida.