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| Poesias-->História escrita com água -- 18/10/2003 - 08:25 ( Andre Luis Aquino) |
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“Água que nasce na fonte serena do mundo e que abre um profundo grotão
água que faz inocente e deságua na corrente do ribeirão...
águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão
e sempre voltam humildes pro fundo da terra
pro fundo da terra
Terra planeta água
Terra planeta água
Terra planeta água”
Guilherme Arantes “ Terra planeta água”
Lágrimas são como a água da chuva
Que molha a terra seca
Do sertão da nossa alma
Gotas de dor que encharcam o nosso peito
Repleto de tristeza e solidão
E evaporam muito antes de tocar o chão
Águas passadas que ainda movem moinhos
Que nos ensinam os novos caminhos
E que não podemos mais viver sozinhos
Águas que matam a nossa sede
E nos enchem de vida e vitalidade
Águas que deságuam em rios e mares
E nas torneiras de todos os lares
Águas que ainda não brotaram do solo
Nem de nossos olhos
Como se esperassem pelo momento certo
Para se derramarem
Lágrimas que ainda não escorreram
Pela superfície de nosso rosto
E que ainda repousam tranqüilas
No leito do nosso coração
Águas que limpam e curam
Que de tantas gotas oceanos são
Que de tanto que faltam viram seca
E de tanto que caem do céu fazem inundação
Lágrimas que derramamos um dia
Por alegria ou por tristeza
E que um dia secam
Como as mesmas águas das cascatas
Dos ribeirões e dos lagos
Águas de chuva ou de lágrimas
Que evaporam com o sol e viram nuvens
Que colore de arco-íris o final da tarde
E que sempre voltam tranqüilas e sem alarde
Pro fundo da terra
E de nossa alma
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