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Poesias-->ASSALTO URBANO -- 30/11/2003 - 19:00 (Rose de Castro) |
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ASSALTO URBANO
(Acontecimento real. Assalto real. Dia 24, entre às 21 e 22 h. Registrado na DP e em Poesias).
Acolho meus pensamentos
Em verdes e pássaros
Poemas do vento
Poemas correndo
Procurando tapar buracos
Sou Deus
Nos rabiscos eletroencefalográficos
Do meu cérebro complicado
Neurônios ecológicos
Sou paz
Enquanto a violência explode, urbana,
Minha mata tenta se recuperar
E eu? Teimo em acreditar...
... e a liberdade que existe
nos meus pensamentos
é a única maneira neste momento
de sobreviver à violência
Quando encaro a selva de concreto
Cercada de animais famintos
Que roubam meus sentimentos sadios
Meu dinheiro, bolso e bolsa
Violentam minha pacificidade
Rasguam minha identidade
E a agressão seguida de lesão
Seguida de coação, extorsão
Ameaças, arma...
Considerado pequeno delito
Ou delito de pequenos?
Para onde caminha a humanidade?
Não sei mesmo
Sei que caminho do lado contrário
No meu surto urbano e literário
Ambos: Assaltados.
Caminho
Eu e a falta de entendimento
Sem saber pra onde seguir
A noite continua muda
Ninguem percebe
Que caminho sem identidade
Com o coração em pedaços
Sem documento sem lenço
Todos os meus versos:
Pensativos. Calados.
Estrangulados.
Rose de Castro
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