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Poesias-->à porta -- 01/12/2003 - 01:12 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
À porta

gracias a la vida



À porta de todas as casas,

há sempre um tapete surrado,

uma fechadura, muitas trancas,

e alguém a esperar de ambos os lados

Às vezes, um vaso de flor

para espantar maus-olhados



À porta de todas as casas,

há sempre algo suspeito,

quase nunca honesto

O mesmo cheiro...O mesmo grito

na hora do almoço

A mesma paz aparente

na noite alta

A mesma sensação inquietante

de algo guardado e esquecido



À porta de todas as casas,

levam-nos sempre à família,

às coisas de toca,

íntimas, segredadas,

cheias de bichos, de homens,

às vezes, de um deus

triste e incompreendido



Em que pesem,

haverem no mundo,

tantas casas diferentes:

palácios, sobrados, castelos,

choupanas, apartamentos, favelas,

a porta de cada uma delas

é tão irritantemente semelhante

Porque lembra-nos "gente":

tonta, perplexa, abismada,

quase morta,

diante de tudo, diante de nada,

diante até da própria porta



À porta de todas as casas,

é como uma leve tampa,

deposite-a no chão levemente

e com duas mãos entreabertas,

sem expectativa, entre



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