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Poesias-->Esperança -- 19/12/2003 - 11:59 (Valéria Tarelho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Esperança







Eis que as pálpebras da noite descortinam um novo dia

e um tênue raio de luz penetra pela fresta da janela matutina:

acorda a esperança, se espreguiça e, liberta do cansaço, vai à luta.;

segue, sem pressa, sua labuta diária de disseminar-se por todo o planeta,

a expectar toda forma orgânica de vida: da mais simples, à mais complexa.

Nasce a esperança do ovo, da semente, do ventre da gestante.;

A vislumbramos no olhar opaco do idoso e nos luzir dos olhos do infante.;

vive no lar opulento do rico e sob o teto de zinco do pobre casebre.

Ilumina o céu de todos, clareando, inclusive,

o fim do túnel dos ímpios: escuro como breu.;

unifica, na espera, a esfera do tempo: passado, presente, futuro.;

transpõe eras, fronteiras, estações.;

edifica-se em uma só crença ecumênica: o ideal de perene bonança.;

nega toda espécie de desgraça: violência, fome, abandono...

sorri-nos, com a singeleza e inocência que uma criança encerra,

e nos carrega nos braços, aliviando o peso dos ombros.

A esperança é balsâmica, emoliente, é cataplasma:

purifica corações, abranda a dor, tonifica almas.

A esperança é artista plástica: com cacos de vidro quebrado,

nos dá de presente um mosaico. Faz uso de material reciclado.;

restaura a antiga pintura e pendura um novo quadro na velha parede.

A esperança é dinâmica: move-se, remove obstáculos, revolve entulhos...

Anda, mergulha, voa, salta muros, escala montanhas.;

dá-nos as mãos, nos acena, aponta atalhos nos caminhos...

Serve-nos de cais, ancoradouro da fé, segurança de um porto.

Abraça-nos, preenchendo o vazio do peito, e nos dá um alento:

a certeza de não nascermos sozinhos, fadados ao infortúnio.

Nascemos ligados a um fio de esperança:

o direito à vida, de um sonho dado por natimorto.





Valéria Tarelho



http://www.valeriatarelho.blogger.com.br



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