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Poesias-->18. EPIGRAMAS -- 21/12/2003 - 07:53 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Se conseguirmos sucesso

Na primeira tentativa,

É sinal de que o progresso

Não se consegue de outiva.



Se falharmos, entretanto,

Tentaremos novamente:

Jesus estende seu manto

Para quem é persistente.



Como vieram as rimas

Só com um pouco de esforço,

Sem que usássemos as limas,

Seguiremos nosso corso.



É comum que este escrevente

Se ponha de orelha em pé,

A dizer p ra nossa gente

Qu isto poesia não é...



Complicamos muito as coisas,

Em desafio varonil.;

Os epitáfios das loisas

Contêm epigramas mil.



Eis um muito surpreendente

Que atemoriza os passantes:

“Não tenha medo da gente:

Somos só impressionantes.”



Outro mais com que topamos

Registrava bem assim:

“Todos nós um dia vamos

Comer raiz de capim.”



Não podemos esquecer

Um que julgamos valioso:

“Se não cumprir seu dever,

Não terá do Reino o gozo.”



Um desejo manifesto

Não nos dá qualquer saída:

“Para quem diz que eu não presto,

Digo eu: — Mude de vida!”



Há quem nos queira dizer

Que nem tudo está perdido:

“Foi com grande bem-querer

Que na tumba fui metido.”



Um outro pensou bastante

Para dizer o seguinte:

“Não pense que estou distante:

Ainda sou bom ouvinte.”



Se tivesse mais juízo,

Calar-se-ia o amigo:

“Se este for o paraíso,

Em breve estarás comigo.”



Na maioria das vezes,

O recado é afetivo:

“Vou deixar aos meus fregueses

Um remorso muito vivo.”



Alguns jamais titubeiam

Em ferir os inimigos:

“Eu quero que um dia leiam

Recados em seus jazigos.”



Mas nem tudo é brincadeira

No arrancar dos densos véus:

“Nesta tumba, uma caveira.;

A minh’alma busca os céus.”



Eis as notas que tomamos,

Percorrendo os cemitérios.;

Com pesar, nós registramos

Alguns temas pouco sérios.



Eis aí um bom prenúncio

Daquilo que vem depois.;

Pensa bem em teu anúncio:

Não há chance para dois.



Conhecendo o teu futuro

Pelas obras que fizeste,

Procura escrever no muro

Alguma coisa que preste.



Dessa forma, após a morte,

Terás tido utilidade.;

Procura indicar o norte,

No sentido da verdade.



São fúnebres estes versos,

Mas almejam tua vida

A seguir nos universos,

Pois não há outra saída.



Se nos prestaste atenção,

Terás então percebido

Que nos sangra o coração

O teu tempo mal vivido.



Mas também somos felizes

Ao tomar conhecimento

Que seguiste as diretrizes

Do crístico ensinamento.



Salvemos, pois, nossa vida

E deixemos registrado:

“A glória desta saída

É ter-te sempre ao meu lado.”



Se quisermos registrar

Algo que tenha valor,

Usemos o verbo amar

E o nome do Criador.



Haverá muita importância,

Caso haja lealdade.;

Se nos foi forte a ganância,

Anulemos a vaidade.



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