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Poesias-->João Ninguém da minha infância, ou Canaviais de Itapirema -- 12/10/2000 - 16:12 (Tânia Cristina Barros de Aguiar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
joão tristonho

desamparado

tão sózinho e despojado

de um tiquinho de esperança



joão delatando medo no olhar teimoso

transpirando fome

esboçando filhos

futuros escravos



joão desgraçado

quem te deu o destino do sofrer impune ?



joão me perdoa

eles me enganavam

te diziam forte

por comer farinha e côco amassado



joão tua morte

uma onça faminta

mentiram de novo

morreste a porrada



joão me perdoa

eu era criança



mas que diabo joão

porque é que tu tinhas de um dia sonhar ?

porque não fugiste em vez de falar ?



pois que chorasse ou o patrão matasse

e subversivo a posse tomasse

de toda a terra que o escravizasse

mas que não sonhasse mas que não falasse

e estaria vivo



melhor assim, joão

verdade é que a gente cansa

e um dia explode

depois da morte somos todos iguais



1984



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