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Poesias-->22. UM RAIO DE FELICIDADE -- 25/12/2003 - 07:47 (wladimir olivier) |
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Os atributos da verdade
Sempre se põem diante das gentes.;
Ajamos, pois, co honestidade,
Para ficarmos bem contentes.
Saí um pouco da freqüência
Que para mim é a habitual:
Vou exigir dessa ciência
Que não promova qualquer mal.
Se estes mistérios são banais,
Nada haverá de novidade.;
Só mais um pouco, um pouco mais,
E já teremos liberdade.
Esta atitude, bom amigo,
De suportar este ditado
Já lhe coloca ao abrigo
De vir a estar mui perturbado.
Se temos tido algum sucesso,
Na forma rígida do verso,
Demonstraremos um progresso,
Mesmo que algo seja adverso.
Meu primo tem um sentimento
Por não poder acreditar
Que nesta forma haja tormento,
Pois é tão fácil de rimar...
É que nem tudo se aproxima
Do que é normal no versejar:
O simples som de alguma rima
Pode fraqueza demonstrar.
Bem eu quisera pronunciar
Uma sentença de improviso
Que contivesse o verbo “amar”
E prometesse o paraíso.
Sinto-me forte, em segurança,
Bem protegido por amigos.;
Agora sobra uma esperança
De me afastar dos inimigos.
Se sou bem rápido nos versos,
É que controlo os pensamentos.;
São risos falsos e perversos
Que causam danos e tormentos.
Por isso, sigo a navegar,
Não tendo medo do mistério:
A minha bússola é o ar
Que trago n alma, muito sério.
Faço o que posso, neste caso,
Jamais negando o sofrimento.;
Se se desfaz este meu vaso,
Eu faço outro, em seguimento.
Por isso, os versos se acumulam
E as quadras vão só aumentando,
Os pensamentos se formulam
E os meus retoques sigo dando.
Ficou bem fácil de fazer
Octossílabos banais:
É u a maneira de dizer
Que espero sempre fazer mais.
Vou formulando os pensamentos,
Com os recursos da emoção.;
Deixo de lado os meus tormentos:
Não dou de ouvir o coração.
Mas seu quiser ser bem sincero,
Não produzindo só "quadrinhas",
Devo deixar de lero-lero
E demonstrar as garras minhas.
— “Já é bem hora!” — diz o médium,
Que se cansou da lengalenga.
— “Se aproveitar meu intermédio,
Irá deixar de ser molenga...”
Eis o produto do incentivo
Administrado com amor,
Quando se tem o objetivo
De demonstrar algum valor.
O pulso firme e decidido
Mostra o percurso da verdade:
Eu estou bem e resolvido
A usufruir felicidade.
P ra isso peço ao bom amigo
Que se estimule com vigor:
Para seguir sempre comigo,
Vai precisar de ter valor.
As quadras deixam, muitas vezes,
Alguma falha se mostrar:
São versos toscos e soezes,
Que já não cumprem meu penar.
Eis bom exemplo curto e grosso
Do que dissemos mais acima:
Se nossa mente é um colosso,
Não sofreríamos de rima.
É bom brincar com as palavras,
P ra demonstrar bom coração.;
Se desgostarmos destas lavras,
Vamos perder tal emoção.
Assim, eu sigo muito alegre,
Estando leve o coração,
Só esperando que se integre
Esta poesia a algo bom.
É permanente esta euforia
Que se registra no papel:
Talvez só seja uma poesia
Que tenha, enfim, sabor de mel.
De qualquer forma satisfaz
Quem já não tem atrevimentos
De realizar, por incapaz,
Só altos vôos desatentos.
Sofro um pouquinho, ao rimar,
Mas já não tenho alta ambição:
Basta-me agora demonstrar
Como estes versos pobres são.
Se cumpro à risca alguns processos
Do versejar sem emoções,
Terei ao menos uns sucessos,
Ao afastar hesitações.
Quero dizer, ao fim de tudo,
Que aqui cheguei sem compromisso:
É que devia, sobretudo,
Só realizar algum serviço.
Agora penso diferente,
Co o resultado bem à vista:
Estava certo este escrevente,
Pensando ter alma de artista.
Vou bendizer esta visita,
Pois me mostrou que estou em forma.;
Se a minha quadra é esquisita,
Em breve irá ter outra norma.
Prometo, então, voltar aqui,
Para escrever uns outros versos,
P ra demonstrar que progredi,
Pondo de lado os mais perversos.
Eu peço a Deus, humildemente,
Que tenha dó deste poeta
E que proteja toda a gente
De se ferir com minha seta.
Não sei se quero prosseguir
Oferecendo ao Wladimir
Certos motivos de exaustão.;
Está na hora de pedir
Para o Senhor nos incluir
Nesse bom rol do coração.
Bendigo, amigo, esta verdade
Que até aqui me conduziu:
Eu sinto, enfim, felicidade,
Mas foi um raio — já sumiu...
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