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Poesias-->35. SOU INFERIOR -- 07/01/2004 - 08:35 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Bem suave melodia

Vai entranhando-se n alma

Daquele que faz poesia,

Um bem superior que acalma.



Não serão muitos os versos.

Serene o seu coração:

Pensamentos vão imersos

Nos caprichos da afeição.



Queremos aproveitar

Para abraçar este amigo,

Que não resiste ao cantar

Que o alerta do perigo.



Vá preparando o sonar

P ra captar este som.

Já cansamos de esperar:

Isto não é de bom-tom.



Solidéu vem na cabeça

Que se julga coroada.;

Espero que estabeleça

Quem é a alma penada.



Recorremos ao mistério

Destas palavras cifradas.;

Se o assunto é muito sério,

As rimas são preparadas.



Vamos salvar as quadrinhas,

Antes que o motor desligue.

Não preencha estas linhas:

Já no mar navega o brigue.



Serenamente seguimos

Nossos versos a ditar,

Por certo, já conseguimos

Confiança assegurar.



Nem sempre o treino prossegue

Conforme um plano perfeito:

Talvez o médium não negue

Que não nos ouve direito.



Contudo, nosso leitor

Não se apercebe de nada:

Na parede fica a cor,

Jamais fica a pincelada.



Queremos dizer, com isso,

Que nossa idéia bambeia,

Mas é bem nobre o serviço

De tirar mel da colmeia.



O resultado é bem claro:

Não nos move a perfeição.

Se certo verso é bem raro,

A maior parte não são.



Espero que tenha visto

A tal concordância acima:

O mote sempre é benquisto,

Quando se encerra na rima.



Valho-me do companheiro

Para exprimir estranheza:

Percorri o mundo inteiro.;

Acabo junto a esta mesa.



São voltas que o mundo dá,

A fazer pensar na vida.

Do jeito que a alma está,

Se sente um pouco perdida.



Mas, de pronto, os protetores

Se põem à disposição:

Se me afligem muitas dores,

Serenam meu coração.



Aí os versos vêm soltos,

A demonstrar alegria:

Pensamentos desenvoltos

São a base da poesia.



Renego o meu sofrimento:

Já sofri feito cachorro.

Mas não lanço o meu lamento:

Recebi pronto socorro.



Que vou esperar da vida,

Nesta órbita do espaço?

Que se cure esta ferida,

Que acabe este meu cansaço!



Pedem-me uma linda prece,

Já que sou bom com os versos.

Tal pedido mais parece

Um castigo dos perversos.



Se estou dizendo que peno,

É porque sou inferior.

Embora esteja sereno,

Treme a alma de pavor.



A responsabilidade

Pesa muito sobre mim.;

Para dizer a verdade,

Já anseio pelo fim.



Entretanto, reconheço

Que bastante me acalmei.;

Ossos quebrados, no gesso:

O desafio aceitei.



Tive ajuda do mentor

E do médium, bom amigo,

Que me deram muito amor

Salvando-me do perigo.



Agora estou bem melhor.;

Se errar o verso, não ligo:

Poderia ser pior,

Mas podem contar comigo.



A prece que foi pedida

Não vou fazê-la: não posso.

A questão foi resolvida:

Vamos rezar um pai-nosso.



Serenamente desligo

As vibrações que me prendem

Ao cérebro deste amigo:

Nossos laços se distendem.



Retiro-me, comovido,

Por ter feito algo de bom.

Já mal chega ao seu ouvido

Da minha voz este som.



Adeusinho, camarada,

Continue a trabalhar:

Jamais queira obra acabada.;

Deseje só muito amar.



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