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Poesias-->a parteira -- 09/01/2004 - 21:30 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A parteira

gracias a la vida



Porque a janela

do apartamento onde morava,

em Copacabana,

durante minha infância,

abria-se para

uma montanha e um túnel

Era tudo que eu via!

Rua Toneleiros

Rua Pompeu Loureiro



Nas madrugadas longas,

onde a vida era parte do sonho,

tudo mexia-se suavemente

E eu voava silenciosa

sobre flores de estrelas

que luziam sobre a terra

E o mar do Rio de Janeiro

dormia misterioso

E tudo que eu via, ainda:

Uma montanha e um túnel

Acho que porisso sou parteira



Antes do ato,

chegaram-me os símbolos

Tão fortes que me arrastaram

como se eu fora uma bandeira

E eu respirava devagar

para não ser , por eles, esmagada

Porisso eu fungo. E sou parteira.



E poeta nos cotidianos

Unindo o mágico ao profano

Ou aquilo que me sabe e o que me sei

Ou aquilo que grita e o que me calo



A água a escorrer da torneira,

pela vida inteira,

cai no ralo

Ah, as mãos desta parteira!!!

cheias de vagalumes

e de calos

Nestas mãos cabem uma montanha e um túnel!



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