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Poesias-->IV Bloco de Trovas- paulo nunes batista -- 10/01/2004 - 01:05 (m.s.cardoso xavier)
4o. Bloco de Trovas de Paulo Nunes Batista* De Fé: Seja noite, seja dia, Acende o farol da fé: Na tristeza, na alegria, Mantém-te firme, de pé! De Orar: Rogas a Deus te permita Servi-lo e olvidas os teus Irmãos, filhos da Infinita Sabedoria de Deus! De Amar: No caminho, em qualquer ponto, O cristão precisa estar, Dia e noite, sempre pronto, Provando que sabe amar. De Agir: Se tu nunca praticares Esse bem, que já conheces, Não te valerão altares, Velas, imagens, nem preces. De Humor: Tua dor, tuia tristeza, Tuas mágoas, teus espinhos, Não darão luz nem beleza Às pedras dos teus caminhos. De Falar: Falar muito de bondade, Sem que vás além do som, Não te traz felicidade, Pois ser feliz é sem bom. De Temer: Perfídia, calúnia, intriga, Cruzam contigo na estrada? Recebe a dor como amiga E prossegue na jornada! De Pensar: Contemplando a sementeira, Pensa no bem, na fartura, - no pão, para a terra inteira, sem espírito de usura! De Julgar: Não critiques o terreno Estéril, sáfaro, hostil... Dá-lhe adubo...E um grão pequeno Pode transformar-se em mil! De Servir: Enfermidade, velhice, Não te privem de servir... Temer a morte é tolice! Serve! E deixa a morte vir... De Ajudar: Para ti queres justiça E Equidade, a todo custo. Será que na humana liça Tu já consegues ser justo? De Plantar: Semeamos e colhemos, Dia a dia, vida além. Da vida só recebemos O que plantamos, porém... De Mostrar: Mostras a cada momento, O rumo do teu fanal, Nos atos, no pensamento, Para o bem ou para o mal. De Possuir: Tempestade os bens te ofende? Em vez de te lamentares, Lembra que dela depende A vida, em outros lugares... De Perdoar: Traça teu próprio roteiro. E em toda parte aonde fores, Não te quedes prisioneiro De magoas nem dissabores. De Solidão: Reclamas sinais à altura, Que provem de Deus o Amor. Vê: da solidão escura Sai o milagre da flor! De Destino: Deus está sempre contigo E todos os filhos seus... Mas...só no Bem, meu amigo, Podemos estar com Deus!... De Ser Bom: Se és bom, mesmo, de verdade, Na Terra ou seja onde for, Muito mais do que piedade Darás, pois darás Amor! De Aprender: Ler maravilhosas obras, Sem se aplicar o que leu, É provar, com muitas sobras, Que o que é bom não se aprendeu. De Melhorar: Se os Mandamentos conheces E o que eles mandam – não fazes: Por mais que tu faças preces Nunca passarás de frases... De Diálogos: Não fales nas qualidades Que acaso tu julgues ter: Torna-as, sim, realidades No modo de proceder!... De Silêncio: Se encontras, no teu roteiro, O irmão discutidor, Ajuda esse companheiro Com teu silêncio de amor. De Ser Forte: Teu desânimo, teu tédio, Não levantarão ninguém, Nem servirão de remédio Para quem forças não tem. De Paciência: Todo nervoso é doente: -com sua neurastenia recebe-o, fraternalmente, com bondade e simpatia. De Dar e Receber: Teu espírito suplica Um pouco de Amor e Paz, E há muita gente que fica Isto a pedir-te... e não dás! (*) Paulo Nunes Batista (João Pessoa-PB, 02/08/1924), poeta e escritor paraibano radicado em Anápolis-GO, é autor, entre outros, dos livros: Canto Presente (1969), Cantigas da Paz (1971), A Caminho do Azul (1979), De Mãos Acesas (1981), ABC de Carlos Drumond de Andrade e Outros Abecês (1986), O Sal do Tempo (1996), O Vôo Inverso (2001) e Alguns Poemas (2003) – poesia-.; Anápolis em Tempo de Música (parceria com Jarbas de Oliveira, 1993) – ensaio.; e Chamego, o urubu (1997) – contos. Bacharel em Direito, repentista, cronista e jornalista, escreve na imprensa do Brasil e Portugal desde 1940. Em 1944 representou o Brasil nos Encontros de Improviso em Lisboa. Membro da Academia Goiana de Letras (Cadeira no. 8), Membro-Correspondente da Academia Paraibana de Letras, Sócio-Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG) e de outras entidades culturais. Consta de antologias e é citado por diversos autores.