Tome-se um barco
Um livro de sonetos
Um queijo Minas.
Por onde anda a poesia?
É belo o barco por sobre o mar
É sempre triste o livrvo de sonetos
às vezes gosto do queijo. Às vezes não.
Tome-se a noite e tome-se o dia
Tome-se todos os substantivos
Barco Soneto
Queijo.
Está o barco no mar, o soneto nos livros e
O queijo em Minas.
Mas, por onde anda a poesia?
Branco, branco e belo e branco o barco, o mar
Azul, o céu azul, vermelho e claro e branco
O livro triste e azul, vermelho e claro e branco
O queijo bom e doce o barco
É lindo este livro. Este soneto é lindo.
Tome-se o branco
O lindo
O doce
Mas afinal, por onde anda
A poesia?
Rogério Penna
jan./ 2004 |