LEGENDAS |
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Poesias-->SONETO DE MINH ALMA (AO LEMBRAR-ME DE FLORBELA ESPANCA) -- 11/01/2004 - 16:36 (RICARDO MATOS DAMASCENO) |
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Minh’alma vaga num sonhar infindo,
Mirando ao longe um mundo de venturas,
Mas volta tristemente, pressentindo
De novo toda a sorte d’amarguras.
No ergástulo do corpo, sente as duras
Penas da vida, que lhe vão abrindo
No coração as fendas das tristuras,
Às dores bravamente resistindo.
Vejo minh’alma padecer calada,
Sem um gemido, e ser crucificada,
A sucumbir a sós dentro de mim.
Como delírio de quem sempre erra,
Era meu sonho ser feliz na Terra
E ver minh’alma despertar enfim.
Feira de Santana, 16 de agosto de 1999. |
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