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Poesias-->COTIDIANO (II) -- 17/10/2000 - 21:50 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Levantei, estava na rua,

Com o sol me invadindo impunemente os olhos,

Sem cortinas para ocultar o corpo nu,

Sem paredes para encerrar a vergonha,

Sem paletó para esconder a maconha,

Sem colírios para enxergar a vida azul.



Caminhei, cambaleante,

Por entre asfalto, terno e gravata,

Transeuntes embriagadas na calçada,

De sonhos de dias vindouros,

Exibindo seus colares cintilantes

E seu coração de brilho fosco.



Tropecei em belos executivos,

Em moças de corpos esculpidos,

Mas não escutei um só gemido,

Não percebi um só lamento,

Em mágoas e dor de esquecimento,

Em planos e desejos reprimidos.



Acordei, aflita, e no espelho vi

Ao invés da minha costumeira imagem risonha

Com traços de amargura na expressão enfadonha,

Ali, o rosto de cada criança

Que, na pressa do dia que não vivi,

Esqueci de dar a esmola da esperança.



Lílian Maial.

Rio, 16/10/00

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