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Poesias-->18. ALGUMAS RECOMENDAÇÕES -- 01/02/2004 - 07:30 (wladimir olivier) |
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“Querido amigo escrevente,
Para atender a esta gente
Basta um pouco de vontade.
Se você ficar pensando
Que não stamos trabalhando,
Irá ficar na saudade.
“Faça um pequenino esforço:
Já sairemos do escorço,
Para entrar de vez no verso.
Se as nossas rimas confundem
E as nossas quadras redundem,
O final é incontroverso.
“Vamos, porém, devagar
Para nunca mais errar,
Nas métricas empregadas.
Dessa forma, nossas rimas
Vão sentir os novos climas:
Não serão fossilizadas.”
A vida de nosso Mestre
Por esta plaga terrestre
Foi breve como um corisco.;
Mas deixou muitos ensinos
Para adultos e meninos,
Nas trilhas de seu aprisco.
Contudo, não temos visto
Muita gente com o visto
De entrada no paraíso.
É que o povo todo grita,
Mantendo sua alma aflita,
Sem fazer o que é preciso.
As virtudes são promessas.
Se as coisas vão às avessas,
São todas fogos de palha.
Firmes mesmo são bem poucos,
Que não têm ouvidos moucos,
Cuja fé não se atrapalha.
Rogamos aos bons leitores
P ra refrear suas dores,
Buscando ser bem serenos.
Nova vida tem começo
Neste simples arremesso:
Tudo o mais será de menos.
É que a vida que se prova
Nossa esperança renova,
Toda vez que compreendemos
Que estamos só de passagem,
Para mudarmos a imagem:
O mais é força nos remos.
Iniciada a travessia,
Aumenta a sabedoria
Dos que seguem os ensinos.
Ao final, todos chegamos,
Carregando em nossos ramos
Alguns frutos pequeninos.
Muito embora inda soframos,
Vamos ver que já ganhamos
Alguns pontos neste escore.
É que a luta é mui renhida,
Nos sofrimentos da vida,
Porém, noss’alma colore.
Será com felicidade,
Sem desejos na vontade
Que voltaremos p ros nossos.
Já sofreamos os gritos
Dos corações mais aflitos:
Nossos bens não são destroços.
Tendo cumprido o dever,
Podemos oferecer
Assistência aos carentes.
Mas, antes, será preciso
Reforçar nosso juízo,
Em cursos eficientes.
Tudo lá é confirmado
Por algum mestre afamado
Nos institutos do etéreo.
O que foi bom se estimula,
O que não presta se anula:
Elimina-se o mistério.
Vamos ganhar confiança:
O melhor jamais se alcança,
Sem esforço, sem preparo.
Depois disso, é mais trabalho,
A turma dando agasalho,
Num atendimento raro.
Quando voltarmos à vida,
Daremos n alma guarida
A uma série de progressos:
Complicam-se os pensamentos,
Pois, em todos os momentos,
Serão novos os sucessos.
Novamente as nossas dores
Fazem de nós sofredores,
A perigar nossa empresa.
Mas somos mais cuidadosos:
Não desejamos os gozos
Que redundam em fraqueza.
Agora, mais experientes,
Vamos dar valor aos entes
Com quem temos compromissos.
São grandes vicissitudes
Que provam nossas virtudes:
Não rejeitamos serviços.
O nosso amigo leitor
Deve saber onde pôr
A presente conjuntura.
P ra obter felicidade,
Só com muita caridade,
Nossa vida se estrutura.
Assim, termino estes versos,
Nem tão bons nem tão perversos:
Recomendações à-toa.
Eu quis vir bem devagar,
No desejo de provar
Que isto faz qualquer pessoa.
Mais ainda, eu também quis
Demonstrar a diretriz
Duma vida bem vivida.
Mas aqui não fui bem claro.
Mesmo eu ponho reparo:
A mensagem foi sofrida.
Mas, tal qual recomendei,
São sementes que plantei
Em terreno muito rico:
Os bons amigos vão ver
Que, com algum bem-querer,
Todo amor eu multiplico.
Vou pedir a Deus no Céu
Que retire este meu véu
De fraquezas infinitas,
Mesmo que seja um momento
Que passe no pensamento
As venturas mais bonitas.
As forças aumentarão,
Os desejos crescerão
De fazer tudo direito.
A mais rica melodia
Vai enfeitar a poesia
Que nascerá em meu peito.
E todos compreenderão,
No fundo do coração,
As palavras de Jesus.
Vai melhorar nossa vida.;
Nossa fé dará guarida
Aos esplendores da luz.
Falaremos da verdade,
Com total felicidade,
A transformar nossa voz.
E todos que nos ouvirem
Vão perceber, ao sentirem,
Que jamais estamos sós.
Estando o Pai cá comigo,
Vai estar também co amigo
Que atender a este verso,
Pois, em todas as paragens,
Dar-se-ão estas mensagens:
Exultará o Universo.
Agora, modestamente,
Despeço-me do escrevente,
Agradecido e confuso,
Pois eu bem desconfiava
Que era gélida esta lava,
Mas entrei em parafuso.
Fui aqui bem recebido,
Bolei algo mas duvido
Que pudesse ser melhor.
E meu amigo se acanha,
Dizendo não ser tamanha
Sua grandeza de amor.
Contaminou a modéstia,
Pois somos alhos na réstia,
Presos no mesmo ideal.
Vamos querer que o leitor
Receba um pouco do amor,
Que cremos sensacional.
P’ra tanto, vai ser preciso
Que entremos no paraíso
Das emoções dos mais fortes,
Abençoados por Deus,
Bem no momento do adeus,
Na hora das nossas mortes.
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