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Poesias-->ao josemir,amigo -- 04/02/2004 - 01:08 (maria da graça ferraz) |
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Ao Josemir, amigo
gracias a la vida
E o que sei eu de teoria
literária? Nada. Nada.
Sou uma poeta vadia
exclusa...estupefata
Inqualificável, diria
O meu estilo? Sofrível
conforme a análise crítica
Nada respondo. Sorrio.
Não me importo, amigo
De alguma forma, sobrevivo
O que sei eu de teorias?
Nada. Nada. Mas sei de mim.
Da vida. Da longa vida.
Deste caminho sem fim.
Sei do engodo. Da alegria.
Do olho que pestaneja
Do sonho. Do enigma.
Dos deuses que me beijam
Deste versos simples
Dos meus apelos
Deste rosto sem luz,
em desespero, no abismo,
a gritar por Deus,
no fundo claro de um rio.
O que sei eu de teorias?
Nada. Nada. Meu amigo.
Para que teorias?
Concordo contigo.
Há um saber antes do saber
Algo antigo. Intuitivo.
O que sei eu de teoria?
Sei de mim. Dos mundos, talvez.
Mas sei de uma única palavra
que se estica como uma corda
nervosa...que vibra
Palavra que nunca excede
e nunca sobra.
Medida de toda obra!
O que desejo?
É que estes meus
pobres toscos versos
possam atingi-la
como uma gota de chuva
a cair na corda do violino
Isto é poesia....
O resto? Paródia. Rebarba.
Mixórdia. Homens. Teoria
Conversa fiada
Josemir,
faça como eu : sorri
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