Não há amor à pátria
Amor a um ponto, amor à uma terra.;
Em todo o lugar do mundo, um punhado de terra é sempre
Um punhado de terra.
Há as terras melhores para as couves, para as bananas,
Para o estanho ou para o pasto,
Mesmo assim, minhocas mais ou minhocas menos
Terra é sempre terra.
Não há amor à bandeira
Ou as cores, aos brasões, ou aos hinos nacionais.;
Os hinos podem ser belos e encantadores
Mas não é neles que nasce o amor.
Como não é o poema que merece a emoção
Mas a amada a que ele a representa.
Há apenas amor a um povo
O amor a uma nação, a uma cultura
Há apenas o respeito por toda a gente
A quem pertenso e de quem sou parte.
Amor ao todo onde me encontro
E o amor a si mesmo.
Não há amor, fé, ou esperança nas terras.;
Nas bandeiras.;
Nos brasões.;
Há apenas o amor nas pessoas.
Rogério Penna
Fev. 2004 |