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Poesias-->TODA TERNURA -- 15/02/2004 - 21:55 (MARIA HILDA DE J. ALÃO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TODA TERNURA





Maria Hilda de J. Alão







A tentação sempre me assalta

Jogando malhas para me prender,

Cercando para pilhar-me em falta

E minh’alma no inferno perder,



Com esses versos de rimas raras,

Que na voz dele ganham feitiço

De sereno no frio das noites claras

Fecundando, das flores, o viço.



Deixo que ele me enrede a alma,

E sem forças eu perco a razão

Pois nada há que restaure a calma

No meu apaixonado coração,



Que, com os beijos dele, se extasia,

E jamais se sente enfarado,

Se pudesse ficaria noite e dia

Nos seus braços amparado,



Sentindo no corpo embevecido,

De doce melodia a vibração pura,

Que sai da mão desse homem proibido

Semeando amor com toda ternura.



13/02/04.



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