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Poesias-->QUANDO A NOITE CAVALGAVA PARA OCIDENTE -- 17/02/2004 - 00:26 (João Ferreira) |
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QUANDO A NOITE CAVALGAVA PARA OCIDENTE
Jouant de Grinour
17 de fevereiro de 2004
Quando a noite cavalgava para ocidente
E a lua se escondia nas dobras dos Hermínios Montes
Eu aguardava bem contido na rampa da aurora
Desejoso de banhar meus olhos na luz primigênia que se acercava!
Tinha saudades do mundo luminoso que sempre opera em mim
E só olhava ansioso da varanda os primeiros sinais
Das galerias do horizonte anunciando o astro-rei que chegava do Oriente
Para comunicar ao globo da terra a vida
Que lhe dá movimento e cor
Ciente do solene momento, fui vestir terno de rigor
Com gravata em forma de borboleta
E da varanda armei projetos em longínqua fantasia
Me dispondo a esperar as várias naves que sucessivamente
Me deveriam embarcar para o espaço em monções favoráveis
Nos aclives da novidade
Sempre observei que a variedade de mundos que visitei
Tinha em comum toda a cor de meu desejo
Eis porque passei a amar todas as viagens
Porque elas sempre me sugeriram
Formas sui generis de me sentir dentro de um universo
Criado em mim
E me deram a oportunidade ipsimétrica de eu ser o piloto
E o anjo de mim mesmo
O insubstituível piloto que traça as rotas e conhece os ventos
Um piloto orientado por sensores
De segurança radicados em mim...
Desde esse dia me senti descobridor de caminhos
pronto e treinado para lidar com meus mistérios
Não aqueles que passam pelo nome de eventos que registram datas
E programas
Nem tão pouco os que não criam vias de acesso à vida que impera em mim!
Agora em espaços próprios
Crio minhas personagens que vão e vêm
Que são jouants de grinour ou outras
Todas dentro de minha nave de amor
Ensaiando jogos insuspeitos numa existência
Que se me revela mais atraente a cada instante!
Brasília
17 de fevereiro de 2004
Jouant de Grinour
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