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Poesias-->13. VÁRIA -- 27/02/2004 - 06:16 (wladimir olivier) |
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BÁLSAMO DE AMOR
Ascendia Jesus por um caminho
Aberto sobre as rochas da montanha,
A vontade, porém, era tamanha
Que não via sequer um só espinho.
Foi ao chegar ao topo que sentiu
Correr-lhe o sangue em borbotões de dor.;
Era vencida a marcha por amor:
Não lhe importaram sacrifícios mil.
Do Céu desceram anjos benfazejos,
Balsamizando as dores da ferida,
Todos querendo dar ao Mestre vida.
São tão sadios da caridade os beijos,
Que nós ficamos tontos dos desejos
De ver nossa missão sendo cumprida.
APROVEITANDO O TEMPO
Deseja o companheiro que façamos
Mais alguns versos, porque o tempo sobra,
Mas não perversos, porque o bem nos cobra,
Que só bons frutos quer colher dos ramos.
Mas, que fazer, se a nossa alma obra
Nos entreveros que, heróis, sonhamos,
Sem perceber que o muito que ganhamos
É menos que um pouquinho que o bem logra?!
Assim, pretensiosos, vamos indo
A compor um soneto embaraçado,
Pensando terminar com algo lindo.
O mais certo, porém, é pôr de lado,
Com uma graça p ra que saia rindo
Quem está com o tempo preocupado.
CONDIÇÕES DO VERSEJAR
Se não é fácil fazer versos bons,
Que se dirá quando nos faltam dons,
Ficando a estrofe manca duma perna?!
A nossa sorte agora está lançada,
Pois tudo o que fizermos vale nada,
Diante do esplendor da vida eterna.
Vamos marcando assim nossa passagem,
Que os versos saem mas sem qualquer mensagem
P ra serenar o coração do homem,
Que só deseja dos que vêm do etéreo
Que desvendem da morte o seu mistério,
Sem perceber que os vícios o consomem.
Se algum sentido encontram nos meus versos,
Busquem achar os bens que estão dispersos
Nas obras dos autores mais famosos,
Porque o estudo dos bons nos faz melhores,
Embora as dores sejam bens maiores,
Desfazendo o prazer dos nossos gozos.
Se fosse em prosa este discurso à-toa,
Daria idéia bem mais clara e boa
Dos pensamentos que nos vão na alma,
Mas os versinhos se complicam muito,
A tornar infeliz o nosso assunto,
A ponto de perder o povo a calma.
O médium só registra os bons momentos,
Embora note os nossos sentimentos
Pelo bulício que se passa aqui.
Mas, no final, o resultado disto
Faz exclamar, alegre: — “Jesus Cristo!
Como foi boa a vida que eu vivi!”
São estes nossos versos para o dia
Em que no centro a turma se reúne.
Se não foi boa a rima da poesia,
É que a imperfeição d alma hoje nos pune.
Segunda vez o médium nos requer
Para pensar em Deus, perto do fim.
Como não sei uma oração sequer,
Eu vou pedir que reze hoje por mim.
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