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Poesias-->CONFISSÕES X -- 29/02/2004 - 02:54 (maria da graça ferraz) |
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Confissões X
MDAGRAÇA FERRAZ
"Retirar uma palavra
de meu pai
era como colher
o fruto mais alto
de uma árvore
Pai, sempre calado
Pai, sempre taciturno
Eu, à sua frente,
com uma cesta,
à espera de um momento
de descuido"
***************
"Outro dia escorreguei
no passeio público,
e caí estranhamente de lado
Algo errado,
cair assim de lado
Expliquei que
gente como eu
que conhece pobrezas,
felicidades, misérias,
as duas faces
da mesma moeda -
a humana sina,
quando cai,
cai de quina
E se não tiver cuidado,
pipoca"
*******************
"Do que tenho medo?
Da maldade
Principalmente,
da maldade boa
Aquela astuta mansa
que dá bote
prepara o salto
ganha pontos
altos no IBOPE"
*****************
" Quando a alma é rude
Tosca . Áspera.
Os poemas nascem tortos
É como se as mãos
de um assassino
tentassem esculpir
uma forma bonita
Mãos assim
não arredondam,
unhas de estiletes,
acusam, ferem,
estrangulam
Poemas destas tristes almas
são como monstros mansos-
criaturas que nunca repousam
Devoram!
...
Apavoram-me. Apavoram-me"
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