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Poesias-->24. VERSOS DE DEVEDOR -- 09/03/2004 - 07:22 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Se eu quisesse ser bacana,

Gentil como mestre-sala,

Sairia desta “cana”,

Iria em ponto de bala

Saber de Nosso Senhor

Como aumentar meu amor.



Mas não tenho mais remédio

Neste vir ou não a ser,

Pois foi por meu intermédio

Que vi meu irmão morrer,

Soldado feito “banana”,

Nas mãos bestas do sacana.



Hoje curto a dor no braço

Que segurou essa arma.;

Passei “ele” ao fio do aço,

Mas sofri todo o meu carma,

Que quem teve um entrevero

Vai sofrer um exagero.



Eis aí a experiência

Que fiz questão de trazer.;

Eu não tenho mais ciência

P ra terminar o dever,

Somente estou amparado

Neste local mui sagrado.



Levo a sério esta escritura,

Que me traz amor e calma.;

Quisera que a criatura

De quem retirei a alma

Tivesse bom coração,

P ra me dar o seu perdão.



Vejo tudo diferente

Dos meus tempos lá da Terra.;

Sofri nas mãos duma gente

Que declarou sua guerra,

E jamais tive sossego

Nem co os “branco” nem co os “nego”.



Hoje p ra cá fui trazido

Na esperança de subir,

Que rancores tenho tido,

P ra melhorar o porvir:

Quem espera sempre alcança,

P ra bailar a contradança.



Peço perdão ao confrade

Pelas coisas malparadas,

Mas me dá ele de padre

Dizendo já perdoadas,

Tudo em nome do Senhor,

Que por nós sentiu amor.



Querem que a Deus agradeça

A bênção da imantação,

P ra que também favoreça

Esta nossa redenção,

Que tudo na vida passa,

Se alcançarmos sua graça.



Senti como treinamento

Esta hora de prazer.;

Passou, foi só um momento

De amor e de bem-querer,

Mas eu vou sentir saudade

Da doce felicidade.



— Voltarei lá para o Umbral? —

Pergunto aos irmãos daqui.

— Faço bem ou faço mal

Dizendo que já sofri?

Que tudo que fiz na vida

Abriu-me n alma ferida?



Dizem-me que em harmonia

A minh’alma volitou,

Tanto que fiz a poesia

Com a dor que se acabou,

Que é sinal que vou ficar

Nesta ventura sem par.



Tenho medo do regresso

Que tudo o que fiz me pesa.

Dizem-me que fiz progresso,

Que o bem minh’alma não lesa,

Mas que preciso estudar

Meu evangelho, no lar.



Vou saindo de fininho

Que p ro que vim terminou.

Deixo aqui o meu carinho

P ro irmão que me perdoou,

P ra terminar seu quebranto,

Pois já sofreu o seu tanto.



Deixo também a promessa

De voltar um outro dia,

Que hoje tive muita pressa

De ditar esta poesia,

Embora fosse tratado

Com carinho desvelado.



Se eu quiser continuar,

Sei que serei recebido.;

Mas não tenho o que falar:

Isso ficou mui sabido,

Pois o que disser agora

Vai ser bem fora de hora.



Digo adeus, neste momento,

Vou desligar o motor.;

Deixo ainda um lamento

Por não ter maior valor,

P ra terminar a poesia

Com mais intensa alegria.



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