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Poesias-->CONFISSÕES XII -- 14/03/2004 - 00:34 (maria da graça ferraz) |
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Confissões XII
MDAGRAÇA FERRAZ
" Quando eu era criança
Menina demais eu era
tinha por costume
ficar deitada, à noite,
no jardim de casa,
observando céu
como se ele fosse
um vestido de princesa
Contava cada estrela
como um diamante
da longa saia
E, quando dali me afastava,
nunca cansada,
havia sempre purpurina
nos meus dedos-
farelo de biscoito de anjo
Era menina demais
Mãos doces de caramelo
nuas em pêlo
Mas reconheço que
as estrelas sempre
foram generosas comigo
Entendiam-me
Entre elas e eu ,
uma triste família,
um mundo cruel,
uma porta de madeira de lei
e uma linha curva
interminável
tipo de anel
ou de pandorga,
não sei"
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" Forma de nuvens
Eu as observava
Eu as reconhecia
Um papagaio
O seu João da quitanda
A professora Conceição
Um perdigueiro
Um avião
Uma nuvem mesmo
Uma nuvem mesmo?
....
Uma nuvem mesmo?
Neste dia, compreendi
que me tornara adulta
O céu já não me pertencia
Eu perdera tudo que eu tinha!
Eu ,então, chorei
O céu ,então, choveu
como
dois amigos que se despedem
Adeus"
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