O povo anda esgotado...pagando, talvez, por seus pecados, mas quem atiraria a primeira pedra?... Eu, você! Não, não...
Não cabe a nós, esse legado.
Aos homens sérios do Estado caberia um ato de consciência, de bom grado, pois que já chega da liberdade ser aos livres, tantas e tantas vezes, injustamente negociada.
Os homens ricos, que fazem o governo se deixaram corromper, roubam dos miseráveis até o que eles não podem ter.
Vivem de ver a miséria como um achado para se manter no poder.
Já chega meu Deus de tantas e tantas vezes a justiça perder o sono, na inquietude das noites e da dor da fome dessas crianças, pois elas nasceram pelo direito de ser!
Aonde vás com essas armas, incrédulo?
Não deixemos presa a incoerência sórdidas, dos tolos, o sonho de um dia poder ver ao sol,o reconhecimento da grandeza, dessa pátria.
Meu povo, eu tenho dó, como acredito no amor, mas a minha tristeza revela, que o luto nessa terra é o futuro véu na face das nossas mães.
Que a dor, a todo dia é o hino de boca em boca, nesse esplendido céu risonho, que impávido os governantes almoçam e jantam às nossas fomes.
Assim eles querem, eles fazem...
Assim, caminhamos sem teto... sendo objeto,
Assim, caminhamos sem glórias, sem memórias, sem saber o que fazer ou para onde ir.
Assim se passam os anos, fechamos os olhos, continuamos, continuamos... a revolver os barões do café, os coronéis e a tortura dos quartéis. Principalmente,quando cruzamos os braços, abandonamos a terra, deitamos as nossas lágrimas, deixamos de lado os nossos direitos, e tantas e tantas vezes, humildes, quando não vivemos de nossas misérias, apenas oramos, para pararem de nos oprimir.
O que é isso meu povo?...A casa é nossa!
O Estado nos pertence e a riqueza desse país tem que ser distribuída.
Não podemos mais morrer de fome, com um quintal farto,
Não podemos mais, ficar calado, aceitando sofrer, desdenhando a realidade nos atos.
Já chega de sonhar a liberdade, como um beijo infantil de um conto de fadas, afinal são nossos filhos, de Sul a Norte, que herdarão esse futuro.
Essa casa tem uma família...não pode mais caminhar sem dono!
Não podemos mais, vender a nossa bandeira, para morar em barracos, para ficarmos sem empregos, para andarmos mal educados, enquanto nos salões dos senhores das terras, feitos açougueiros, os capitalistas e os moralistas, lambuzam-se e bebem o nosso sangue, dividem nossa riqueza, riem-se de nosso suor, de nossos nomes... sempre nos conduzindo a Deus, para que este tenha pena da nossa sorte.
Meu Deus! Meu Deus, então não vês tamanha desigualdade dia-a-dia?
Na minha ignorância, o que há de tão impuro?
Desse jeito, poupe-nos de viver ou nos diga, que aqui é o inferno, e a felicidade da vida, só se tem quando se morrer.
Estamos cercados, e do outro lado da cerca, a face criminosa compartilha o poder.; os ladrões, os traficantes, e tantos outros transeuntes com destino ao mau ser, são ativistas do terror.; roubam as almas cidadãs, comprando dos abutres, a nossa justiça e a liberdade de viver.
A esperança há muito, que a ferros e a fogo, imposta a uma postura nociva, dorme! Só que agora agoniza, em medo de nunca poder ver essa terra...soberana, liderar à América.
É chegada a hora de escolher...morrer ou viver.
Devolver a história, a glória, sem ter muito, o que dizer. E se tudo ainda não estiver perdido, essa nação, de fato, só iremos ter, se o sangue, a consciência e o coração desse povo no corpo voltar a bater.