Usina de Letras
Usina de Letras
14 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63235 )
Cartas ( 21349)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10683)
Erótico (13592)
Frases (51758)
Humor (20178)
Infantil (5602)
Infanto Juvenil (4949)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141311)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6356)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->A SÍNTESE DO PECADO -- 15/03/2004 - 21:58 (adelay bonolo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A SÍNTESE DO PECADO





És o sol das minhas manhãs cinzentas

E a luz que alumia os caminhos escuros

És a lua que clareia a noite de minhas noites



És a caliandra(*) das minhas relvas calcinadas

E as boninas das campinas desertas

És a única flor que paira sobre o lamaçal dos brejos



És o sorriso que enfeita minha contraída face

E o beijo que adocica a boca amarga

És a gota d água que umidifica minha garganta seca



És a lágrima de meus olhos sem brilho

E o gosto doce da fruta madura

És o sabor supremo de tudo que é bom



És o pássaro que gorjeia nas tardes de minha vida

E a borboleta que volteja nas flores murchas de meu tempo

És a mariposa que esvoaça ao redor de minha luz sem cor



És a abelha em busca do mel que já bebi

E a brisa mansa que pende a haste sem folhas

És o tempo que me lembra o passado esquecido



És o ritmo de meus versos sem rima e métrica

E a melodia que dá sentido à prosa

És a verdadeira poesia que nunca tive



És o derradeiro suspiro de meus sentimentos

E o langor dolente de uma nota triste

És o último desejo de minha esperança morta



És a música que me embala os sonhos

No timbre sublime de uma voz angelical

És o próprio céu transformado em carne



És o eterno devaneio de minhas horas sem sono

E o delírio que me levará com certeza à loucura

És, enfim, mulher, a síntese de meus pecados





Adelay Bonolo





(*)Caliandra – Belíssima flor de muitas espécies. A referida no poema surge em uma pequenina haste (de 40 cm, aproximadamente), que brota das cinzas dos cerrados calcinados pelo fogo. Linda, linda!
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui