Nesta orquestra vaga, onde acampo a minha alma, sob cela de dores, até você existir não encontrava amores.
A bem da luz apagada, o que me guarda das línguas, o que me guarda da fome, o que me guarda da loucura, é a proximidade dos teus olhos, é a tentação da boca...a fascinação do sonho, e esse fio de esperança, que vem e vai.
É o te ver passar,
É o te ver passar.
Noites em noites, entre a agonia das horas e a saudade que, dia após dia vem comigo deitar, vem falar de você aos meus ouvidos, vem me fazer sonhar.
Assim sob a ilusão do peito,
Sob a tentação do leito me entrego à paixão crua.
Não me vejo no espelho, e no escuro eu só me encontro, quando as tuas mãos me desenham um carinho,
Quando em teu corpo sinto o complemento, quando em tua alma a evolução me faz existir. E na soma dos teus verbos, ouço tomar corpo na voz da existência, a razão da vida explicita, quando dizes meu amor.