CONDOR FERIDO
Eu já fui forte, ousado, destemido,
um rochedo sem medo do oceano,
primavera durante todo ano,
um feliz vendaval sem ser vencido.
Eu fui condor voando distraido
sem recuo ou temor, sem desengano,
conquistei corações qual um tirano,
fui mais forte no amor do que Cupido.
Mas, tu chegastes, assim, na minha alma.
E foste entrando assim despercebida,
deitando lá no fundo da minh alma.
Pobre destino o meu, morrer assim:
um furacão vencido pela calma.
Foi tão-somente o que restou de mim.
Carlos Cunha
O autor dessa poesia maravilhosa publicada nesta página não é o mesmo CARLOS CUNHA/o poeta sem limites e sim Carlos Cunha o grande poeta maranhense nascido em 1933 e que faleceu em 1990. Que Deus tenha ao seu lado essa grande alma que se eternizou, aqui mesmo na Terra, através desses seus versos.
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