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Poesias-->PRA TERESINA -- 04/05/2004 - 22:58 (Edson Campolina) |
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PRA TERESINA
Por: Edson Campolina
Num rompante, a sina:
Estava a visitar, Teresina.
Revivi meu sonho de cidade,
Verde, azul, quintais e esquinas.
Numa dança de virgens,
Conheci Cabeça-de-Cuia.
Subi Parnaíba, desci Poti,
Vi Marias amando o Crispim.
Vi, por sobre vermelhos telhados
Um lindo horizonte que se acolhe.
Saí, atravessei largas avenidas.
Caminhei sob a frescura de suas sombras,
A procurar linda loura Num-se-pode.
Percorri longínquas ruas,
Espreitei janelas e portões,
Na madrugada de clara lua
Procurei a namoradeira.
Num agouro, de tarde já ser,
Pra Porca do Dente de Ouro.
Quis seguir ao Parnaguá,
Talvez me deixasse por lá.
Então me alertou o Cuia,
Lá, seria eu só!
Só, no silêncio do Barba Ruiva.
Pelas caatingas quis adentrar,
Mostrou-me o caminho o Curupira,
Meia volta ouvindo o Saci em galhofa:
_ Vai dar de fronte com o Pé de Garrafa!
Fugi num aperreio de quase num agüentar.
Subi na Mula sem Cabeça, de susto,
Derrubei a Zamba nos Acaraós.
Mãe D’água e Miridam eu vi.
Dormi no Itanhim do Piauí.
No amanhecer testemunhei Zabelê e Metara,
No entardecer envelheci com barbas rubras
E no anoitecer voltei Teresina,
Inesquecível tu serás,
Minha cidade menina.
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