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Poesias-->Contraposição -- 11/05/2004 - 02:15 (Márcia Possar) |
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Sair ao encontro da poesia
e desenhar na vida do outro
o atlas celeste que está dentro da gente.
Se o peito fosse uma folha de papel,
lá estaria o coração manuscrito em versos.
Sair e escolher andar por esse novo caminho,
nas horas vagas fazer versos novos,
compor lendas, em papéis que se desmancham e se
encharcam de despedidas. Saber que as despedidas nunca são para sempre é tatuar-se.
Pensar que se pode arrumar as emoções
com a ponta da pena é antes adaptar o coração
à escrita.É perpetuar em versos o calor de um
novo sol, é significar-se em alma e
observar os sinais pelo corpo.
Seguir, buscando algo mais, é fazer
o que muitos já tiveram a coragem
de fazer, é se encontrar.;
afã de procurar rimas ricas,
olhar em direção às criaturas: mil olhos
imaginários testemunhando.;
monstros marinhos catalogados num
livro de bordo.
É deixar-se encantar pelas magias,
combater os exércitos, misturar o sal das
lágrimas de horror com o mel dos desejos
e hidratar todas as sensações.
Sair ao encontro da poesia é caminhar
pela vida e distribuir o peso. As bagagens
e tripulações são iguais em toda parte.
»«2003»« Novembro/24
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