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Poesias-->a ti, Dixie -- 12/05/2004 - 02:21 (maria da graça ferraz) |
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A ti, Dixie
mdagraça ferraz
Como algo que flutua
Intacto. Não fendido.
Caindo das alturas.
Puro da terra. Inconsumado.
É assim, tu, Dixie
Sempre atravessas o mundo
em Tempos errados
Ninguém te vê!
A hora de baixo atrasa-se
a tudo que é rosado,
limpo, cristalino,
como estas tuas sapatilhas
de cristal
Bela, és Dixie! Trazes contigo
o segredo intemporal
que move a vida
Ninguém te vê!
Estão demais preocupados
em repartir os transitórios,
as frações, os ímpares,
as promissórias
Preocupados estão com
Dinheiro. Poder. Prazer.
Não! Ninguém te vê!
Quantas Dixies existirão
no mundo, tu sabes?
Dixies adormecidas
existem em multidões
Mas quantas sobreviverão
às duras provas?
Ninguém. Ninguém te vê.
Se te verem serão capazes
de te fazerem correr à pedradas,
como já fizeram no passado
Trazes as costas marcadas!
Dixie, és duramente doce
És brutalmente suave
És intensamente fugaz
aos corações fechados
Porisso ninguém te vê
Esqueça os homens, Dixie
Repara o pássaro no telhado,
abaixo dele, a árvore de goiaba
Ouça o rumor da água
Traga teus olhos erguidos
É isto que deves levar contigo
Esta trilha de chão batido,
é apenas a bainha de teu vestido,
que se arrasta
como manto de rainha
Sejas livre
num mundo de escravos
Ninguém vive
( cama-mesa-trabalho-
T.V)
Ninguém te vê!
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