Pena minha
Queria que as palavras
Escorressem como lágrimas
Se tornassem pranto.
Alagassem
Sufocassem
Como me sufocam a mim.
Queria que a dor explodisse
Dentro do peito
Me partisse em mil pedaços
Em mil penas que voassem.
E uma delas
Pedaço de mim,
Explosão lágrima
Pena que voou
Atravessasse o tempo e o espaço
E chegasse ai.
A prendesses só um instante
Pena minha na tua mão
Até o vento, o tempo
A fazer rodopiar, afastar
E te tornar livre sem mim.
Eu, pedaços
Pena que voou.
E ao vê-la longe já
Distante
Ficasses, sorrisses
Livre de penas.
Livre da pena
Explosão de mim
Lágrima pedaço.
Pena minha que voou...
(a.d.)
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CARLOS CUNHA/o poeta sem limites
dacunha_jp@hotmail.com |