Belas lembranças do campo
As lembranças do campo, quando as flores vicejam e o verde domina os arbustos, e as árvores centenárias, fazem com que lágrimas grossas surjam em meus olhos e escorram lentamente pelas minhas faces.
Não é tristeza o que sinto nessa hora, em meu coração, e que me faz chorar. É na verdade uma miscelânea de sentimentos suaves que dominam a minha alma e provocam este pranto.
Saudades do tempo de infância, quando eu subia nas árvores e em cima de um galho bem alto me sentia superior a meu irmão menor que não conseguia chegar até lá. Recordações de amores feitos, sobre a grama verde e macia, que ficaram marcados por terem sido lindos e verdadeiros. Dos amigos da minha juventude e dos lanches deliciosos preparados por vovó, para que nós comêssemos a sombra feita por uma árvore enorme que lá havia, todas as vezes que íamos fazer um piquenique.
São belas as lembranças do campo. Elas me sensibilizam e por isso é que choro tão emocionado nessa hora em que penso nele.
Foi em um piquenique no campo, quando ainda era mocinho, que conheci a minha primeira namorada. Essa mesma menina se fez moça, tornou-se minha noiva, comigo se casou e é hoje a minha amada companheira, a mulher que divide as alegrias e as tristezas da minha vida.
Agora, o sentimento maior que me da tanta alegria, a ponto de chorar estas lágrimas e de ser dominado por este pranto, é o saber que estou vivo, que vou voltar ao campo e passear de mãos dadas novamente com o grande amor da minha vida. Colher flores e as oferecer com carinho a minha doce velhinha.
CARLOS CUNHA
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CARLOS CUNHA/o poeta sem limites
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