Soneto da contradição
Ardo em contradição, em ti procuro
A terra fugitiva, o céu perdido,
A calma que não tenho, o sol futuro,
As asas de meu vôo decaído.
Em meu bronze sem som o tempo é ido.;
Na praia vã inutilmente auguro
Forças secretas, mar imperecido,
E tudo se transforma em chão escuro.
Entre cantos de nuvens e sereias,
Ardo em contradição dentro de abismos, Blasfemando com punhos de inocência.
Sinto o nome apagar-se das areias,
E outro nome nascer de outros batismos
Em teu céu interior de permanência!
Paulo Bomfim
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CARLOS CUNHA/o poeta sem limites
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