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Poesias-->O Caminheiro -- 25/05/2004 - 18:14 (José Mattos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"Caminheiro que passas pela estrada, / Seguindo pelo rumo do sertão" (Castro Alves, Poesias Escolhidas, p. 347).





Sinistra era a noite escura e ventosa,

a resvalar na janela a ventania

sussurrando baixinho lamentosa,

murmúrios piedosos de agonia



atira-se porta adentro um olor

de formato esbelto ondeante

impregna afável ao redor

com caminhar sutil, flutuante



a chuva castigou forte as paredes

o faiscar dos raios riscaram a noite

ribombaram trovões ruindo aquarelas



volto-me no repente, deparo num açoite

com seu olhar em brasa me oprimindo o peito

e um frígido súbito a apalpar-me à espinha.;

abatido no silêncio me amparo

ela sinuosa para mim caminha



mais um passo e o enrosco foi latente

fugiu-me a razão, principiei a valsar

açoitei no pó a mascara e os monstros da mente



e voltei a sorrir,

a cantar,

a viver sem parar



porém um lampejo fez estremunhar

o pérfido regozijo

a ledice esvaiu-se em longo prantear



e aquela que ara a primeira das nove musas

agora me sorri com olhos gelados,

arrogantes, obscuros.; a megera medusa!



tropeço na escada

três tombos

três berros!

acordo esfalfado



assim foi-se embora a desafortunada noite



de pé, espanto o pó dos molambos num acoite,

dou adeus à tapera.; o sol já vem vindo

retomo a caminhada, montado no trotar de uma esperança,

com uma tristeza imunda me aporrinhando com pensamentos...

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