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Poesias-->Antropologia -- 04/07/2003 - 13:02 (Lucas Tenório) |
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Você a essa altura me leva à sua
escola,
como quem me quer ensinar Antropologia,
e me pergunta, soberana:
O Homo Sapiens usava crachá?
E eu sussuro:
O de Neanderthal domesticava tamanduá.
(Em sendo assim o Cromagnon
se aperfeiçoou como agricultor,
também num sussuro
me diz, com um ar de aprovação.)
Ai eu paro e começo tudo
de novo, a te desmaiar na ordem inversa
e ensinar cuneiforme Persa a Paulistana.
Ai te dou alguma coisa pra...
perplexa, tu brincares:
Porcelana Inca, colares da índia.
Bom, depois, ainda, a gente conversa,
inventaria e se reinventa para
outra epifania indo-americana.
Algumas horas depois eu te ofereço
um lindo totem da Malásia e água ardente
de um El Niño.
E te digo:
Se eu fosse um passarinho seria
um Engole-Vento.
E você diz:
No meu pensamento te sacrifico
uma Patavinas.
Quer que eu fique com ciúmes do
homem de Itabira?
Se pudesse fazer fila,
você em primeiro,
ele na apostila.
Olha que ele tinha umas pernas
altas...
Mas acho a sua língua mais doce,
Peralta!
A pernambucana?
É, e o seu tacho mais largo.
Então está na hora do entusiasmo.
Melaço de cana
e frevo da cabeça aos pés:
Ai, ai, que bom...
Menina, esse refrão é de baião.
É mesmo, você me fez confundir
Dança do Ventre com
ciranda.
Os dois são pictóricos.
Em qual deles se usa as mãos?
Você quer sabe o sexo dos anjos
e aonde se encontra Panda.
Perdão: tome palmito e vide o
verso da bula.
Que bula bonita, mas é chula...
Chupa-se menta com gengibre para
assepsia de garganta, e pode-se gargantear
canela, proficuamente.
Eu não gosto.
Então, como o queria a tira-gosto,
vamos à entrada, que o rocambole fica para a
sobremesa:
Ravioli.
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