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Poesias-->Para você, por você, agora e sempre. -- 10/06/2004 - 00:14 (Fernanda Duclos Carisio) |
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Felipe,
Um dia
(quando isso fizer sentido para você)
Talvez você veja
Mas não creio...
Não creio,
Não creio.
Porque não quero
Quero que para você,
Que você
Nunca perca esse sorriso
Essa alegria
Esse ar safado
Essa voz cantada
Você,
O meu Felipinho,
Lipe, Lipipipi
Não vai (ou melhor)
(espero que não)
ser obrigado a
viver um outro mundo
escondido e estranho
e perigoso
viver uma vida que
ninguém entende
falar uma língua
que ninguém fala
Não ter amigos
(ou não conseguir retê-los)
não ser dono dos seus dias
nem das suas noites
nem de nenhuma hora de sua vida
Ter ousado dar
Sem nada esperar
(ou melhor – sabendo).
que
provavelmente
nunca verá o fruto
dessa dádiva.
Cada passo a frente
Pode ser o último
Mas o caminho é um só
E não tem volta.
Tua mãe, teu pai, não querem isso para você
Tua mãe, teu pais,
Esperam, sincera,
Honesta
Ardentemente
Que o teu mundo
Já seja o fruto
Desse outro que a gente viveu
(e vive)
escondido, estranho, perigoso,
invisível (mais ou menos)
incompreensível (muito)
algumas vezes sujo,
e todo tempo impossível de abandonar.
Lipe, Lipipipi, Felipinho
Teu pai, tua mãe,
Por você e por todos os outros Lipes
Esperam que tenha valido a pena.
Fernanda dez/1981
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