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Poesias-->DAS TRIPAS POESIA -- 11/06/2004 - 16:46 (ASCHELMINTO da SILVA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lá de dentro, de suas tripas,

Um urro, um brado, uma algazarra,

Um verme quer te tragar.

Eu, verme, lombriga, escondido,

Arrasto-me pela vida até a saída,

E a saída é também a morte,

Na latrina, depois do cu.

Cu, portal da transcendência,

Indescência que excrementa vidas.

Dessas tripas, feitas útero,

Muitas vidas são arremetidas

Para o nada, e uma carnificina,

Uma lombrificina se desenrola.

Lombrigocídio.

Lá de fora das barrigas oblongas,

Uma vida obtusa me desconhece

Até o resultado do exame de fezes.

A decisão está tomada, não tem volta,

A pena de morte decretada,

A lombriga excretada,

Inteira ou aos pedaços, que terrível,

Meus filhos larvais, lá vão eles

Para o grande mar redemoinho - latrina.

A vida é uma merda!

A merda é uma vida!

Sou porta-voz dos que te habitam,

Sou a voz que vem de teu rabo

Para te conscientizar da coisa toda:

Um dia nóis te come.
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