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Poesias-->Condenação -- 16/06/2004 - 02:21 (I. R. PIRES) |
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CONDENAÇÃO
O teu amor,
Dizia teus olhos,
Era como sublime canção.
Promessa dos teus olhos,
Sorrindo,
Iguais aos teus lábios,
Fazendo minhas mãos,
Equilibradamente, trêmulas.
Sedentas pelo calor das tuas.
O teu amor,
Fazia crer,
Era como os caminhos para o mar,
Paradisíacos.
E até mostrava,
De dentro do teu olhar,
O infinito acolhendo o sol,
A chuva tranqüila
Na primavera,
A alegria na chegada de um barco.
O teu amor,
Faz doer,
Pois, estranhamente brilha,
Agonizando no escuro silencioso.
Por entre as janelas do tempo,
Teus ares ainda perfuma.
Tardios, teus lábios,
Docemente declarava
o sabor da tua saliva.
O teu amor,
Não me fez pecar,
Me sentenciou
Condenação maior,
Minhas mãos não decoram,
Os relevos dos teus seios.
Não vi teus trejeitos repulsivos ao gozo
Em toca-los, calorentos,
E guardar na pele o arrepio extático
Do meu enleio aos teus domínios.
Cegamente, nunca bebi teus perfumes
Entre trevas de luz.
Só o escuro da dor
E dos versos nunca perfeitos.
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