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Poesias-->O dono do mundo -- 16/06/2004 - 20:43 (Clodoaldo Turcato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Hoje eu vi um homem sentado

Como se estivesse num trono

Com as coisas do mundo

Ao alcance de suas mãos

Para o que quisesse

Bastava buscar em seus bolsos

E saia dez, vinte, cinqüenta, cem reais



Lembrei de minha casa

Minha comida, quando tinha

Minhas roupas batidas

E meus calçados furados

Me voltou o drama do coletivo

A fila do hospital público

E o salário pequeno atrasado



Este contraste, meu e do homem

Me fez sentir profundamente atraído

A ser burguês...

Assim, sem vocação, a qualquer custo

Só para encher minha carteira



Rodear meu pescoço de correntes

Meus braços com pulseiras

Comprar um carrão, um celular

Amantes bonitas e desonestas



Fiquei seriamente inclinado

A embrenhar-me por estes caminhos



Daí, eis que para minha sorte

Surge uma criança

Vinha de uma escola cara

E perguntou ao homem:

_ Vô, quem foi Manuel Bandeira?

O velho arregalou os olhos, procurou no fundo da memória...

Respondeu:

_ Foi alguém importante. Acho que foi um cantor. Sim, foi um cantor... Não sei direito, nunca tive tempo pra esse negócio de poesia

























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