É poeta e jornalista. Especialista em Telejornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Detentor de diversos prêmios literários. Como jornalista foi Repórter Especial do O DIA, onde conquistou o Prêmio Internacional de Reportagem da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP-Miami), em 1997, categoria Direitos Humanos, com a série de reportagens investigativas ‘Nota 10 em Violência’, denunciando o tráfico de drogas nas escolas do Rio. A reportagem foi considerada a melhor contribuição da Imprensa nas Américas no combate ao narcotráfico. Foi repórter e roteirista do DOCUMENTO ESPECIAL, da TV Bandeirantes. Em 1999 recebeu Moção da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro pela relevante contribuição à sociedade como poeta e jornalista. Atualmente é professor de Jornalismo, Supervisor de Operações do Núcleo Prático de Comunicação (NUCOM) e Coordenador de Mídia Impressa do curso de Jornalismo da Universidade Estácio de Sá, campus Nova Friburgo. É Diretor-Cultural da Sociedade Carnavalesca Embaixadores da Folia da Cidade Maravilhosa. Idealizador do PoÊterÊ e idealizador e organizador do PoÊtisÁ, festivais de poesia de Teresópolis e Nova Friburgo, respectivamente. É Delegado da APPERJ em Nova Friburgo.
O poema que morreu’ vira curta-metragem
Depois de ter sido velado numa urna funerária nas dependências do Sesc-Madureira, no dia 15 de maio, durante a realização do II Fest Poe, ‘O poema que morreu’, de autoria do poeta e jornalista Ricardo França ressuscitará para virar curta-metragem. A produção está sendo feita pela produtora friburguense Urânia Criações, a mesma que realizou o 1º Poetisa – Festival de Poesia em Nova Friburgo, junto com o curso de Comunicação Social da Universidade Estácio de Sá, em novembro do ano passado.
De acordo com Thiago Mello, responsável pelo roteiro, o curta fugirá da narrativa linear, enveredando por uma linha pós-moderna. “Pretendo explorar uma linguagem fragmentada, misturando os planos e os cortes dos diversos momentos do poema, introduzindo, por exemplo, o adolescente, que no texto encerra o poema, já no início do curta-metragem”, revela.
Escrito há cerca de 17 anos, quando França cursava o primeiro período da faculdade de Jornalismo, ‘O poema que morreu’ usa a linguagem da reportagem policial para narrar uma história de decepção amorosa. O que a princípio parece um crime surrealista – a morte do poema – na verdade é o fim de uma paixão, escrita em forma de poesia por um jovem poeta.
A cena é construída a partir da possibilidade de um suicídio ou um assassinato e aos poucos são introduzidos os diversos personagens, tais como o delegado, o legista, os repórteres, pessoas comuns e anônimas que aparecem como curiosos e até mesmo o ponto de interrogação, que fica passeando pelo local.
A reconstrução do poema-reportagem para a linguagem cinematográfica, segundo Ricardo França, tem tudo para dar certo. “O poema nos remete a um enredo de imagens surreais, porém tem princípio, meio e fim. É poético, jornalístico mas pode ser também cinematográfico. O grande desafio será mesmo embaralhar esses conceitos numa visão pós-moderna, que é o que o Thiago pretende fazer. O resultado será muito interessante”, acredita França.
Recentemente ‘O poema que morreu’ foi o terceiro colocado no 1º Concurso Nacional de Poesia para Jornalistas, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, com patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) com apoio da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e da Academia Brasileira de Letras (ABL). O poema foi o único classificado do Rio de Janeiro no concurso, que reuniu mais de 200 trabalhos. A obra abre o livro de poesia Pedra, Poesia, Pedregulho , de Ricardo França, que deverá ser lançado durante o 2º Poêtisá, em novembro.