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Poesias-->REFÉM SEM ALFORMA -- 24/06/2004 - 21:05 (adelay bonolo) |
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REFÉM SEM ALFORMA(*)
Desde bem cedo a chuva bate na vidraça
Colorida de pingos de luz dos faróis!
E eu aqui dentro (já é tarde!), sob os lençóis,
Tentando expulsar a tristeza que não passa...
As janelas o vento frio não traspassa,
Mas fora espanta tudo, depressa, veloz,
As nuvens, as estrelas, a lua, uma após
Outra. Só não espanta esta tristeza sem graça!
Nesse exato momento uma grande saudade,
Entremeada de penas, com doce crueldade,
Vem me recordar, numa insistência ferina,
De que estou em clausura e refém sem alforma
Desse amor, cuja lembrança em dor se transforma...
— Ah, e essa longa noite que nunca termina!
Adelay Bonolo
(*) alforria
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