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 | Poesias-->A colheita da ingratidão -- 30/06/2004 - 16:50 (José Ronald Cavalcante Soares)  | 
	
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Se trago espinhos agora,
  por favor,
  pense em tantas rosas
  que já ofertei.
  Se trago o pranto 
  nos olhos tristes,
  pense nas vezes
  tantas que os meus lábios
  se abriram em sorrisos.
  Se trago a indiferença
  resultante de tantas
  idas e vindas,
  de tantos nãos,
  de tantos acenos de despedida,
  pense nos braços que mantive
  abertos e que tanto souberam
  agasalhar as queixas e os sofrimentos,
  sem me afastar um só momento.
  Se agora me calo e nada respondo,
  pense nas palavras que eu não poupei,
  nas conversas longas,
  nos sons que pulularam
  em todos os encontros.
  Se as minhas mãos estão vazias,
  se os meus olhos parecem embaçados,
  se estou alheado,
  se uso o silêncio
  para expressar o que sinto, 
  pense que eu sou agora
  a colheita de tanta ingratidão.  |  
 
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