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Poesias-->A loba errante -- 04/07/2004 - 08:08 (Humberto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ninguém jamais saberá

para onde caminhava a guará,

perdida no êrmo da madrugada

sem saber regressar à morada.



O seu predador motorizado

em um insensível enfado,

roubou-lhe a centelha da vida

que se esvai na profunda ferida.



Os olhos ainda cintilam,

em muda prece suplicam

por um conforto final

ao magnífico animal.



O dia que vai amanhecendo

ilumina o quadro horrendo:

ao vento, os pelos dourados

emolduram dentes cerrados.



O seu habitat, o cerrado,

em mares de soja ilhado,

não abriga mais a qualidade

de homens ou lobos de verdade.



Brasília, 25 de junho de 2004



(Em memória de uma fêmea de lobo guará adulta, atropelada e morta por um carro na via EPIA, sentido sul-norte, em frente ao Parque Nacional de Brasília, às 5:45 h do dia 25/06/04, pelo autor presenciado. Não tendo sido recolhida até o final do dia seguinte, foi sepultada no canteiro central da via)
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