Estou só...E não há lugar no mundo que eu me sinta acompanhado.
Não há uma palavra que me deixe aliviado.Não há uma cor.
É uma dor, que qualquer alma penada, por si, não condicionaria esse mal a uma outrém.
Não há o que sorrir.A voz fica presa e os olhos vidrados, catatônicos...letárgicos.
É um fim, cujo sabor a boca amarga e a cabeça,mergulhada num emaranhado de nós, parece explodir latejando lentamente.
Procura-se portas,mas não há saídas.Procura-se ar, mas não há oxigênio. Procura-se a luz, mas é a escuridão que não te abandona.
Enclausurado nesse submundo, procuras ouvir no silêncio desse absurdo, o ranger da realidade, procuras falar a verdade, mas o pulso.O pulso que pulsa é de um coração atormentado.
Falta-lhe fé no que tem de pecado.
Falta-lhe amor no que tem de descalabro.
A noite em dias é vazia,é um deserto que a morte imagina para nossas culpas.Enquanto tudo ao redor desaba.
Estou só...E tudo o que construi foi feito em terras, por isso se acabou.