Adormecido na canseira da vida neguei ao meu ser o dom único do homem, o amor.
Amor que há tempos procuro, sem saber onde entender, procuro e por não ver cerquei-me de pedras,entre as quais um muro formei.E cá estou anonimo em mágoas, que colecionei, enquanto te esperava.
A minha mocidade abandonada, consome quase nada do tempo que acreditei, que ser feliz, seria ter alguém ao meu lado.Agora, na solidão do absurdo, em cada fim de tarde vejo o por do sol sem expressar palavras.Mas ainda sinto algo funcionar de saudades.Então há vida.
Se ainda é uma procura, se ainda é uma jura, quem sabe ao abrir de qualquer porta eu não encontre a luz do meu coração, que ainda hoje acontece sorrindo, acontece apagado na esquina da ilusão.