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Poesias-->NA MADRUGADA -- 25/07/2004 - 14:06 (thiago schneider herrera) |
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Do meu quarto escuro vejo um pedaço de céu pela janela,
Mas não quero que me vejam porque estou pálido
E um pouco enfermo, novamente a madrugada foi lenta
E de certa forma permaneço inteiro, mas depois de algumas garrafas
Percebo que não queria que fosse assim, mas a madrugada
Para mim sempre foi um tempo sem fim que me distrai,
Entre poesias difíceis, cigarros, bebida e saudade...
De manhã, meio trôpego e fraco, me encho de café forte,
Meu olho dói, e minha pele ainda está sensível pela falta de sono.
Mas o dia passa, bem mais rápido que a noite é bem verdade,
E me distraio com conversas intermináveis e superficiais,
Mas logo escurece novamente, e adentro ao mundo da literatura,
Tento escrever, tento ler, e quando consigo dormir
Meu sonho é exatamente igual á um filme, onde nada é possível...
E lá se vão mais algumas garrafas, maços de cigarro, remédios,
Um coquetel que me tira do chão, me anestesia
Para que, durante o dia, eu possa dessa vez falar o que sinto,
Sem meias verdades, sem remédios, vodka, absinto
Gritar a todos a injustiça que mora ao lado, abrir os olhos
De quem, cego, nunca verá as coisas reais da vida
E que vive num mundo ilusório, mas...
Ainda não, ainda não estão preparados, eles ainda
Dormem na hora de dormir, comem na hora de comer,
Voltam na hora de partir, fogem do que supostamente os fazem sofrer...
Não estão preparados, ainda é cedo,
Mas até quando suportarei esse contato
Com seres humanos que por vezes tenho medo?
Ficarei com as poesias e minhas madrugadas,
Com um pouco de bebida esperando a hora certa
Para gritar ao mundo todas as verdades
Que descobri sem saber como, onde e porque...
T.S.H.
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