Usina de Letras
Usina de Letras
22 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63362 )
Cartas ( 21354)
Contos (13305)
Cordel (10362)
Crônicas (22581)
Discursos (3250)
Ensaios - (10727)
Erótico (13599)
Frases (51886)
Humor (20199)
Infantil (5633)
Infanto Juvenil (4974)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141355)
Redação (3366)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1969)
Textos Religiosos/Sermões (6374)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->pelo lirismo -- 25/07/2004 - 20:45 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pelo lirismo



mdagraça ferraz







Quero dizer-te,



Ó mulher que tudo sabe -



que de nada vale



mergulhares nos abismos



profundos - como tu alardeias,



à teu favor, esta tua coragem,



tua invejável cultura,



se não fores capaz



de escalar um grão de arroz



Os maiores sábios



que passam pela humanidade



choram diante da flor que nasce



com a mesma galhardia



com que empunham uma espada







Quero dizer-te,



Ó mulher que tudo sabe-



que é preferível a fraqueza,



esta, que tanto desprezas,



à tua tola vaidade



Definiste o Lirismo poético



como algo hilariante e barato



necessário ao rebanho saltitante



Ó mulher que tudo sabe,



vejo-te rires com menoscabo,



pobre de ti, nunca foste amada, ó triste,



pois se tudo tu sabes, já nada sentes



Possuis o coração contraído,



duro e indiferente



E que o mundo sobreviva



à esta gente que sabe tudo



sem valia nenhuma







Observa, Ó mulher que tudo sabe:



As águas mansas e claras



arredondam as pedras



O raio de luar vela



em silêncio a magra terra



Há doçura na lágrima



que rola solitária



Ó mulher que tudo sabe



Cujos pés empurram



flores às margens



E que tomas o fruto



da boca ávida redonda



Pois tu quebras



os brinquedos do mundo







Quero que tu saibas



que és do teu saber, uma escrava



Quero que tu saibas,



que teu grande saber não



passa de uma ilusão



A mais trágica



A mais ignorante



A mais perigosa







Pois o saber precioso



nada pretende



nunca enfurece-se



não agride



Humilde - percorre



o mundo



e poucos o enxergam



ou escutam



o tic tac



de suas sandálias







Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui