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Poesias-->o limo das pedras de mim mesmo -- 04/11/2000 - 00:24 (carlos willian - goiânia-go.) |
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O LIMO DAS PEDRAS DE MIM MESMO
Vós jamais sabereis
do fogo, do ar,
das águas queimando a língua,
do frio ventre das vertente
– na cova –
sepultando as sementes!
Dos encantadores de abelhas
e suas abelhas encantadas,
ó senhores, sabei!,
restou-me apenas o trágico ofício
de debulhar o trigo sobre a nódoa da terra
e – dos vivos –
recolher as cinzas da aurora morta!
Nunca sabereis por que na Barca desta fala cheia
sou meu único e imenso vazio,
quando alma é Heráclito
e nunca se banha nas mesmas águas do rio!
Nunca!
Deste tinir de martelo, sangrando nos olhos do dia
– Living of the Day –
jamais entendereis,
sobremaneira quando os galos tecem o fog das manhãs
e os (lí)rios dormecem
– náufragos –
nas águas do estio: um grito, por certo,
ali há de caminhar meus olhos,
ao fogo das sombras no fundo do rio!
E se vasto é o caminho
como apedrejar gestos na
solidão dos mímicos
ânforas e pardais
senão através dos ecos,
as cordas vocais?
Sabeis muito bem,
que a linguaferus,
que te habita a esmo,
é o limo das pedras de mim memso!
A vida por direito me tem sido assim:
carpas & lascas no tablado
(todotosco)
e manchado de carmim!
Acredito: o que voa nos céus
não é pássaro
nem tempestades:
são as asas de um barco adejando
no silêncio das idades.
Ó Hipólito a vida não se resume
em corcéis que choram na noite
A vida é mais: um barco de @rrobas
e lentilhas (solitário)
ancorando no meu cais.
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