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Poesias-->REMORSOS -- 04/11/2000 - 15:01 (Nelson de Medeiros Teixeira) |
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Por longos anos viajei pelos confins da imaginação...
Intentava fazer da primavera a perenal estação,
adubando no coração um jardim de esperanças...
Mas, no egoísmo insensato profanei sentimentos,
na frieza incontida amarguei ressentimentos,
sem ver do amor as pequenas nuanças...
Viver a vida em seus momentos,
ser como o sol, como os ventos,
brilhar, soprar e sumir...
Voar como voa uma andorinha,
ser como o vate que no peito aninha
sutil desejo de mar e de luzir...
No céu dos mais puros dos amores,
qual cometa luzindo entre cores,
singrei o espaço da indiferença...
Na vaidade efêmera, desprezei almas leais,
e fiz do desejo vil a lei de meus ideais,
sem pensar que a solidão era a sentença..
Agora , perdido na noite,
cada sonho vivido é o estalar de um açoite,
que vibra no peito em remorso feroz...
E vendo a vida que estertora,
busco clemente a aurora ,
e sofro este castigo atroz!
Nelson de Medeiros Teixeira
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